quarta-feira, 17 de outubro de 2007


Essa nova década que começava já prometia grandes mudanças no comportamento, iniciada com o sucesso do rock and roll e o rebolado frenético de Elvis Presley, seu maior símbolo.
A imagem do jovem de blusão de couro, topete e jeans, em motos ou lambretas, mostrava uma rebeldia ingênua sintonizada com ídolos do cinema como James Dean e Marlon Brando. As moças bem comportadas já começavam a abandonar as saias rodadas de Dior e atacavam de calças cigarette, num prenúncio de liberdade.
Nesse cenário, a transformação da moda iria ser radical. Era o fim da moda única, que passou a ter várias propostas e a forma de se vestir se tornava cada vez mais ligada ao comportamento.Conscientes desse novo mercado consumidor e de sua voracidade, as empresas criaram produtos específicos para os jovens, que, pela primeira vez, tiveram sua própria moda, não mais derivada dos mais velhos. Aliás, a moda era não seguir a moda, o que representava claramente um sinal de liberdade, o grande desejo da juventude da época.Na moda, a grande vedete dos anos 60 foi, sem dúvida, a minissaia. A inglesa Mary Quant divide com o francês André Courrèges sua criação. Entretanto, nas palavras da própria Mary Quant: "A idéia da minissaia não é minha, nem de Courrèges. Foi a rua que a inventou". Não há dúvidas de que passou a existir, a partir de meados da década, uma grande influência da moda das ruas nos trabalhos dos estilistas.
As mudanças no vestuário também alcançaram a lingerie, com a generalização do uso da calcinha e da meia-calça, que dava conforto e segurança, tanto para usar a minissaia, quanto para dançar o twist e o rock.O unissex ganhou força com os jeans e as camisas sem gola. Pela primeira vez, a mulher ousava se vestir com roupas tradicionalmente masculinas, como o smoking
A alta-costura cada vez mais perdia terreno.E com isso, a confecção ganhava cada vez mais espaço e necessitava de criatividade para suprir o desejo por novidades. O importante passaria a ser o estilo e o costureiro passou a ser chamado de estilista.Nessa época, Londres havia se tornado o centro das atenções, a viagem dos sonhos de qualquer jovem, a cidade da moda. Afinal, estavam lá, o grande fenômeno musical de todos os tempos, os Beatles.
Os anos 60 sempre serão lembrados pelo estilo da modelo e atriz Twiggy, muito magra, com seus cabelos curtíssimos e cílios inferiores pintados com delineador.As perucas também estavam na moda e nunca venderam tanto. Mais baratas e em diversas tonalidades e modelos.No Brasil, a Jovem Guarda fazia sucesso na televisão e ditava moda. Wanderléa de minissaia, Roberto Carlos, de roupas coloridas e como na música, usava botinha sem meia e cabelo na testa [como os Beatles]. A expressão de ordem era "quero que vá tudo pro inferno".No final dos anos 60, de Londres, o reduto jovem mundial se transferiu para São Francisco (EUA), região portuária que recebia pessoas de todas as partes do mundo e também por isso, berço do movimento hippie, que pregava a paz e o amor, através do poder da flor [flower power], do negro [black power], do gay [gay power] e da liberação da mulher [women's lib]. Manifestações e palavras de ordem mobilizaram jovens em diversas partes do mundo.Faziam parte desse novo comportamento, cabelos longos, roupas coloridas, misticismo oriental, música e drogas.
A moda passou a ser as roupas antes reservadas às classes operárias e camponesas, como os jeans americanos, o básico da moda de rua. Nas butiques chiques, a moda étnica estava presente nos casacos afegãos, fulares indianos, túnicas floridas e uma série de acessórios da nova moda, tudo kitsch, retrô e pop.Toda a rebeldia dos anos 60 culminaram em 1968. O movimento estudantil explodiu e tomou conta das ruas em diversas partes do mundo e contestava a sociedade, seus sistemas de ensino e a cultura em diversos aspectos, como a sexualidade, os costumes, a moral e a estética.
Talvez o que mais tenha caracterizado a juventude dos anos 60 tenha sido o desejo de se rebelar, a busca por liberdade de expressão e liberdade sexual. Os 60 chegaram ao fim, coroados com a chegada do homem à Lua, em julho de 1969, e com um grande show de rock, o "Woodstock Music & Art Fair", em agosto do mesmo ano, que reuniu cerca de 500 mil pessoas em três dias de amor, música, sexo e drogas.

terça-feira, 16 de outubro de 2007

Anos 50


Com o fim dos anos de guerra e do racionamento de tecidos, a mulher dos anos 50 se tornou mais feminina e glamourosa, de acordo com a moda lançada pelo "New Look", de Christian Dior, em 1947(como falamos na postagem anterior).
Durante os anos 50, a alta-costura viveu o seu apogeu. Nomes importantes da criação de moda, como o espanhol Cristobal Balenciaga - considerado o grande mestre da alta-costura -, Hubert de Givenchy, Pierre Balmain, Chanel, Madame Grès, Nina Ricci e o próprio Christian Dior, transformaram essa época na mais sofisticada de todas.
A silhueta extremamente feminina e jovial atravessou toda a década de 50 e se manteve como base para a maioria das criações desse período. E foi Christian Dior quem liderou a moda, com a agitação de novas tendências que foram surgindo a quase cada estação. Esta liderança se manteve até a sua morte em 1957.Com o fim da escassez dos cosméticos do pós-guerra, a beleza se tornaria um tema de grande importância. Era também o auge das tintas para cabelos, que passaram a fazer parte da vida de dois milhões de mulheres.
O grande destaque na criação de sapatos foi o francês Roger Vivier. Ele criou o salto-agulha, em 1954 e, em 1959 o salto-choque, encurvado para dentro, além do bico chato e quadrado, entre muitos outros. Em 1954, Chanel reabriu sua maison em Paris, que esteve fechada durante a guerra. Aos 70 anos de idade, ela criou algumas peças que se tornariam inconfundíveis, como o famoso tailleur com guarnições trançadas, a famosa bolsa a tiracolo em matelassê e o escarpin bege com ponta escura.Nessa época, pela primeira vez, as pessoas comuns puderam ter acesso às criações da moda sintonizada com as tendências do momento.Em 1955, as revistas Elle e Vogue dedicaram várias páginas de sua publicação às coleções de prêt-à-porter, o que sinalizava que algo estava se transformando no mundo da moda.Com as técnicas de produção em massa cada vez mais bem desenvolvidas e especializadas,na Inglaterra, empresas como Jaeger, Susan Small e Dereta produziam roupas prêt-à-porter sofisticadas. Na Itália, Emilio Pucci produzia peças separadas em cores fortes e estampadas que faziam sucesso tanto na Europa como nos EUA.
A tradição e os valores conservadores estavam de volta. As pessoas casavam cedo e tinham filhos. Nesse contexto, a mulher dos anos 50, além de bela e bem cuidada, devia ser boa dona-de-casa, esposa e mãe. Vários aparelhos eletrodomésticos foram criados para ajudá-la nessa tarefa difícil, como o aspirador de pó e a máquina de lavar roupas.A ficção científica e todos os temas espaciais passaram a ser associados a modernidade e foram muito usados. Até os carros americanos ganharam um visual inspirado em foguetes. Eles eram grandes, baixos e compridos, além de luxuosos e confortáveis.Ao som do rock and roll, a nova música que surgia nos 50, a juventude norte-americana buscava sua própria moda. Assim, apareceu a moda colegial, que teve origem no sportswear. As moças agora usavam, além das saias rodadas, calças cigarrete até os tornozelos, sapatos baixos, suéter e jeans.
Ao final dos anos 50, a confecção se apresentava como a grande oportunidade de democratização da moda, que começou a fazer parte da vida cotidiana. Nesse cenário, começava a ser formar um mercado com um grande potencial, o da moda jovem, que se tornaria o grande filão dos anos 60.

quarta-feira, 10 de outubro de 2007

Anos 40


Em 1940, a Segunda Guerra Mundial já havia começado na Europa. A cidade de Paris, ocupada pelos alemães em junho do mesmo ano, já não contava com todos os grandes nomes da alta-costura e suas maisons. A Alemanha ainda tentou destruir a indústria francesa de costura, levando as maisons parisienses para Berlim e Viena, mas não teve êxito. O estilista francês Lucien Lelong, então presidente da câmara sindical, teve um papel importante nesse período ao preparar um relatório defendendo a permanência das maisons no país. Durante a guerra, 92 ateliês continuaram abertos em Paris. Na Grã-Bretanha, o "Fashion Group of Great Britain", comandado por Molyneux, criou 32 peças de vestuário para serem produzidas em massa. Sua intenção era criar roupas atraentes, apesar de algumas restrições. O corte era reto e masculino, ainda em estilo militar. As jaquetas e abrigos tinham ombros acolchoados angulosos e cinturões, feitos com tecidos pesados e resistentes. As saias eram mais curtas, com pregas finas ou franzidas e as calças compridas e vestidos se tornaram práticos. O náilon e a seda estavam em falta, fazendo com que as meias finas desaparecessem do mercado. Elas foram trocadas pelas meias soquetes ou pelas pernas nuas. Os cabelos das mulheres estavam mais longos que os dos anos 30. Com a dificuldade em encontrar cabeleireiros, os grampos eram usados para prendê-los e formar cachos. Os lenços também foram muitos usados nessa época. A maquilagem era improvisada com elementos caseiros. A simplicidade a que a mulher estava submetida talvez tenha despertado seu interesse pelos chapéus, que nesta época eram muito criativos. Com a libertação de Paris, em 1944, a alegria invadiu as ruas, assim como os ritmos do jazz e as meias de náilon americanas, trazidas pelos soldados, que levaram de volta para suas mulheres o perfume Chanel nº 5. No pós-guerra, o curso natural da moda seria a simplicidade e a praticidade, características da moda lançada por Chanel anteriormente. Entretanto, o francês Christian Dior, em sua primeira coleção, apresentada em 1947, surpreendeu a todos com suas saias rodadas e compridas, cintura fina, ombros e seios naturais, luvas e sapatos de saltos altos. O sucesso imediato do seu "New Look", como a coleção ficou conhecida, indica que as mulheres ansiavam pela volta do luxo e da sofisticação perdidos. Dior estava imortalizado com o seu "New Look" jovem e alegre. Era a visão da mulher extremamente feminina, que iria ser o padrão dos anos 50.

sexta-feira, 28 de setembro de 2007

anos 30


Os anos de 1930 chegaram com uma enorme crise financeira mundial. A queda da Bolsa de Valores de Nova York, em 1929, deixou o mundo com problemas financeiros seriíssimos. Com a economia em caos, a chegada de Hitler ao poder, o comunismo em seu ápice e a população sem recursos, surgiu um amplo espaço no imaginário para os sonhos e os desejos.
O cinema, cada vez mais bem-posicionado, refletia no comportamento de moda. As grandes atrizes de Hollywood ditavam a moda feminina. Astros como Jean Harlow, Greta Garbo e Fred Astaire estrelavam filmes falados, já popularizados.
As roupas brilhantes, glamourosas, drapeadas, luminosas. A cintura voltou para o seu lugar. O tecido da moda da época foi o cetim. Toques sedosos, brilhos e silhueta marcada foram a ordem da década.
Se nos anos de 1920 a parte do corpo em evidência foram as pernas, agora, nos anos de 1930, eram as costas de fora, especialmente para os vestidos de noite.
Os trajes esportivos também foram valorizados por cauda das práticas esportivas como o tênis, a patinação e o ciclismo, que influenciavam os modos e as modas deste período.
Bronzear a pele, que havia começado a estar em moda lá pelos anos de 1920, agora estava de fato fazendo parte do dia-a-dia e, portanto, as roupas de banho foram diminuídas.
Para a moda masculina praticamente não houve grandes modificações. O chapéu que marcou a época foi o chapéu canotier (canoeiro, em francês), conhecido também como chapéu palheta.


sexta-feira, 14 de setembro de 2007

anos 20



O pós-guerra é uma época de muitas mudanças. Eram anos de muita agitação, presentes tanto nos tecidos coloridos, sintéticos e reluzentes, como nas músicas e na dança.
As mulheres, cada vez mais independentes e com poder de voto, decidiram abandonar de vez as antigas regras, subindo as barras das saias e usando modelos de vestidos mais abertos e soltos. A mulher mostrou de fato as pernas com o comprimento logo abaixo dos joelhos. Com essa novidade, ou seja, com as pernas à mostra, as meias fizeram sucesso e as de seda natural tornaram-se claras para, de fato, dar idéia de cor da pele. A cintura desceu em modelagens de forma reta. Os cabelos ficaram curtinhos. Os chapéus, menores. A maquiagem e os cigarros foram permitidos. As roupas de banho também se modificaram, encurtando consideravelmente, deixando boa parte da coxa à mostra.
A moda masculina ganhou algumas novidades como o smoking para ocasiões mais formais, o tecido príncipe-de-Gales, sapatos bicolores, e também as famosas calças esportivas de golfe chamadas knickerbockers, O chapéu do momento era o côco, eternizado no cinema por Charles Chaplin.
Os ídolos do cinema representavam todos esses ideais de beleza e comportamento, como: Clara Bow, Louise Brooks, Rudolf Valentino e Josephine Baker.

Os bailes eram animados ao som de jazz e pelos passos do charleston e foxtrot. Eram presentes os gramofones nas casas de música e o divertimento continuava nos cinemas, em filmes com ou sem voz.

sexta-feira, 31 de agosto de 2007

Belle Époque e os anos 10



O quarto e último período da moda do século XIX foi denominado Belle Époque, ou seja, a Bela Época, que vai corresponder à última década do século XIX, primeira do século XX e o princípio da década de 1910, até antes do início da Primeira Guerra Mundial.Onde ainda se usava o espartilho e vestidos volumosos e longos .

Logo no começo da Primeira Guerra Mundial as mulheres cada vez mais foram deixando essa moda de lado, pois tiveram que trabalhar no campo de trabalho dos homens e o espartilho e os grandiosos vestidos símbolos de beleza e sofisticação foram se transformando em roupas mais masculinas, mas sem deixar de lado seu ar de grandeza.

Por isso moda sofreu algumas mudanças que foram verdadeiros ajustes aos tempos. Nas roupas desse momento predominaram os tons escuros, o preto, mas foi nas formas de verdade que as mudanças mais se fizeram notar, com vestidos bem menos volumosos .

Nessa época surgiu o soutien, criado por Mary Phelps. E também nessa época muitos materiais novos começaram a ser trazidos para a moda, como a borracha. Essa fusão resultou no primeiro tênis, em 1917, chamado Ked's

quarta-feira, 27 de junho de 2007

A moda e sua história

A nossa curiosidade foi tanta que o assunto do blog,como já diz o nome,é moda.
Com a roupa a pessoa pode expresar os seus sentimentos,as suas idéias,o momento histórico.
Então nos próximos postes nós vamos contar um pouco da história da moda desde 1910 até os dias de hoje.
grupo:Nina,Dianne e Joana